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Crítica: Um Crime de Mestre (DVD)

Recém-lançado em DVD, Um Crime de Mestre (Fracture, 2007) é mais uma tentativa de se fazer um filme de suspense com uma virada no final. O problema é que assim como outras produções, é apenas uma tentativa.

O roteiro, inteligente, mas mal aproveitado, mostra um milionário, vivido por Anthony Hopkins (se esforçando para não fazer Hannibal de novo) que assassina sua esposa (Embeth Davitz) após descobrir que ela tem um caso com um policial. O problema é que ele prepara tudo para escapar do julgamento. Aí está o que realmente segura o filme. Uma nada sutil crítica ao sistema juduciário, extramente meticuloso, que para evitar falhas, acaba por eliminar provas que convenceriam um esquimó que a Islândia é um país tropical.

No meio de tudo isso está um jovem e ambicioso promotor, vivido por Ryan Gosling. O rapaz até é um bom ator, mas seu personagem, Willy Beachum, não tem carisma, por ser ganacioso, egocêntrico e caricato demais (reparem nos trejeitos dele, chega a ser cômico).

Para os desavisados, é um filme de tribunal e não um filme policial, então não esperem tiroteios. Muita gente diz não ter gostado do clima arrastado, mas isso não atrapalha. O que atrapalha é a pretensão do diretor Gregory Hoblit em achar que está fazendo uma obra-prima. Como se ninguém fosse matar a "charada" do filme sobre que fim levou a arma do crime.

Por tudo isso, o que temos no final é um filme que não escapa das atuais produções norte-americanas: pretensão demais que acaba criando um produto previsível até para quem não está muito acostumado a cinema.

Continua...
 
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