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Mini Resenhas

Busca Implacável

A trilogia Bourne mudou mesmo a forma de se fazer um filme de ação. Até 007 entrou na onda da correria realista, edição fragmentada e visual videoclipe. Daí, não era difícil imaginar que mesmo filmes menores, menos pretensiosos, acabassem por adotar esse estilo. Se a moda era a “inovação” dos efeitos visuais de Matrix, a onda agora é a ação crua e brutal.

O mais recente exemplar a chegar aos cinemas é Busca Implacável, que traz Liam Neeson como um ex-agente secreto tentando resgatar a filha adolescente, seqüestrada em Paris. A jovem caiu nas mãos de uma rede de prostituição e os vilões vão ter de enfrentar toda a fúria do pai da moça, que quando entra em ação, não faz feio frente as peripécias de Jason Bourne.

A trama, um amálgama de Charles Bronson e Steven Seagal, é só uma desculpa pra perseguições, cenas de pancadaria e frases de efeito. Típico filme “pra macho”, Busca Implacável desempenha bem seu papel. Tem seus defeitos, como a caricatura do mundo adolescente e o discurso imperialista e machista do personagem de Neeson, mas não dava pra esperar nenhuma obra-prima de um filme com essa proposta.

As Duas Faces da Lei

Robert De Niro e Al Pacino são atores de uma mesma geração, que tiveram a sorte de participar de alguns dos mais importantes filmes já feitos em Hollywood. Taxi Driver, Serpico, O Poderoso Chefão, Touro Indomável, O Franco Atirador, Um Dia de Cão, Scarface... a lista é gigante. É então que surge a pergunta: O que aconteceu com esses dois gigantes da interpretação nos últimos 10 anos? Seus filmes mais recentes podem não ser produções completamente imbecis, mas estão longe, muito longe, do que ambos já fizeram pelo cinema.

A mais recente prova disso é As Duas Faces da Lei, que reúne os dois astros mais uma vez, a terceira, se contarmos O Poderoso Chefão – parte 2, em que os dois não contracenavam juntos e Fogo contra Fogo, filme de Michael Mann que redefiniu o gênero policial, mas que conta apenas com uma cena em que De Niro e Pacino trocam diálogos. Por finalmente colocar os atores juntos em tempo integral, o filme prometia ser muito mais do que realmente é.

A melhor definição da produção dirigida por Jon Avnet, o mesmo do já sofrível 88 Minutos (que tem temática muito semelhante à desse filme), protagonizado por Pacino, é “filme do Supercine”. Sabe aqueles policiais feitos direto pra DVD, com um roteiro ruim que dói e interpretações automáticas? Pois é. Nem a bagagem dos dois atores consegue salvar As Duas Faces da Lei, que tenta ser pretensioso com uma virada no final que já era anunciada desde os créditos iniciais.
Continua...
 
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