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Crítica: Duro de Matar 4.0

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  • segunda-feira, 13 de agosto de 2007
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  • Alexandre Luiz
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  • Em Duro de Matar 4.0, John McClane é mais do que aquele policial “falível” dos três primeiros filmes. Ele apanha e se levanta logo em seguida pra derrubar seu oponente. Se você se acostumou com o policial que lutava se arrastando no chão, coberto por seu próprio sangue, esqueça. No novo filme da franquia, John McClane é um super-tira.

    Isso atrapalha a diversão? De forma alguma. Só aumenta ainda mais!

    Len Wiseman, o diretor, declara sua veneração ao personagem e sua importância para o cinema de ação, trazendo às telas um McClane que deixou de ser um simples humano para se tornar uma lenda na cabeça de todas as pessoas que assistiram e se divertiram com os filmes originais. E Bruce Willis entendeu a mensagem, sendo o canastrão elevado a décima potência que o roteiro exige. Suas tiradas sarcásticas nunca foram tão bem feitas. Seu carisma ajuda a manter a lenda intacta.

    As sequências de ação seguem o padrão Hollywoodiano atual (com direito a praticantes de Le Parkour) e foram muito bem filmadas por Wiseman, que já havia demonstrado competência com esse tipo de coisa em Anjos da Noite. Não chega nem perto do clima claustrofóbico dos dois primeiros filmes e da variante de Velocidade Máxima do terceiro, mas ainda assim diverte, com seus momentos exagerados (um F-35 destruindo uma freeway e por aí vai...).

    O único problema de Duro de Matar 4.0 é seu vilão. Timothy Olyphant nem de longe é um ator à altura de Alan Rickman, Jeremy Irons ou (pasmem) John Amos (os vilões anteriores). Sua interpretação é forçada demais e em momento algum ele convence como um sujeito realmente perigoso.

    Mas a incapacidade de Olyphant de interpretar é compensada pelo parceiro de aventuras de McClane, um hack vivido por Justin Long (o Mac dos comerciais da Apple). O jovem ator é uma metralhadora de frases bem-humoradas e impressiona na naturalidade com que as diz. Destaque também para Kevin Smith (o nerd supremo) fazendo uma participação com um guru hacker. Impagáveis as referências a Star Wars contidas no porão onde ele mora.

    No final, temos o filme mais divertido do ano (Transformers é uma porcaria), um exemplo de como devem ser os filmes-pipoca. Duro de Matar 4.0 vem mostrar que alguma coisa boa, esse saudosismo existente em Hollywood hoje em dia pode trazer.

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