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Gene Simmons fala o que pensa sobre quem faz downloads de música

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  • quinta-feira, 22 de novembro de 2007
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  • Alexandre Luiz
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    Líder do Kiss, Gene Simmons é também um grande empresário e um grande f.d.p.. Ele mesmo reconhece isso. É só assistir seu seriado a lá The Osbournes. E, agora em uma entrevista à Billboard, vem mais uma comprovação.

    Simmons começou falando um pouco sobre o presente e futuro de sua banda. O linguarudo disse que o Kiss vai fazer 15 shows nos Estados Unidos, acompanhando o campeonato de Fórmula Indy, e tem mais seis datas na Austrália e Nova Zelândia, tudo isso para dar apoio ao lançamento do terceiro DVD da Kissology, pacote de pelo menos dez DVDs que sairão nos próximos anos e pretendem contar a história da banda.

    Quando perguntado sobre a possibilidade do Kiss voltar a estúdio em um futuro próximo, ele praticamente disse para os fãs perderem as esperanças. E a culpa é de quem baixa música ilegalmente pela Internet. Em suas palavras: "A indústria fonográfica está uma grande bagunça. Eu previ isso quando a garotada começou a baixar músicas de graça, disse que eles eram uns ladrões. Eu disse a todo selo e gravadora com os quais falei que eles haviam acendido o pavio de sua própria bomba e que ela explodiria embaixo deles e os mandaria para a rua".

    "Não há nada em mim que queira entrar em estúdio e gravar novas músicas", continuou. "Como você vai comercializá-la? Como você será pago por ela se as pessoas podem obtê-la de graça? Eu lançarei um box set de Gene Simmons chamado Monster, uma coletânea de 150 músicas inéditas. E ano que vem faremos o mesmo com material do Kiss. Mas o fato é que a indústria fonográfica não tem a mínima idéia de como fazer dinheiro. E é culpa deles mesmos por deixarem as raposas entrarem no galinheiro e depois ficar pensando no porquê de não haver mais ovos ou galinhas. Cada guri de colégio, cada um desses folgados deveria ser processado até sumir da face da Terra. [A justiça] deveria ter tomado seus carros e casas logo no começo. Isso não me afeta de verdade, mas imagine a situação de uma banda nova, com o sonho de se apresentar ao vivo e gravar seu próprio álbum. Elas podem esquecer isso."

    Questionado sobre as novas maneiras procuradas por bandas como Radiohead e Trent Reznor de comercializar suas músicas, Simmons continuou taxativo: "Isso não conta. Você não pode usar uma pessoa como exceção. E esse não é um modelo de negócios que funcione. Eu abro uma loja e digo 'entre e pague o quanto quiser'. Você está doido? Acredita mesmo que esse modelo de negócios funcione?".

    O ícone do Kiss também não acredita que seja possível uma banda viver apenas de shows e merchandising, deixando que sua música seja baixada de graça. "Bom, esse é o erro mais estúpido que se pode cometer. A parte mais importante é a música. Sem isso, pra que se preocupar? Até mesmo a idéia de dar música de graça torna mais fácil fazê-lo. A única razão do ouro ser caro é porque todos concordamos com isso. Não há uma razão lógica para isso, exceto que todos concordamos e aceitamos a idéia de que o ouro custe uma certa quantia de dinheiro. Assim que você der às pessoas uma idéia que se desvie disso, há caos e anarquia. E é isso o que está acontecendo [com a indústria fonográfica]".

    Tá bom, Sr. Simmons... uma banda não consegue viver de merchandising? Então, o que exatamente o Kiss faz para sobreviver? Lançar máquinas de fliperama, parques de diversão, camisinhas e caixão com a marca Kiss é o quê, então? E não vem com esse papo de que o Kiss não entra em estúdio por causa de música ilegal. Isso é conversa mole. Paul Stanley, o outro dono da banda já disse que não entra em estúdio porque as composições atuais do Kiss não são boas como antigamente e que não vale a pena lançar uma coisa de um nível inferior ao que os fãs estão acostumados. Pelo menos, esse é sincero!

     
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