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Crítica: Eu Sou a Lenda

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  • quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
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  • Alexandre Luiz
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  • Existem dois tipos de blockbusters: os sem cérebro, dos quais pertencem os filmes dirigidos por Michael Bay e derivados e aqueles que não são apenas uma diversão-pipoca e têm algum conteúdo a mais, como é o caso de Homem-Aranha, Batman Begins e Eu Sou a Lenda, que estreou sexta passada no Brasil.

    O filme, quarta adaptação do romance de Richard Matheson, mostra Robert Neville (Will Smith), cientista e o provável único sobrevivente de uma praga que dizimou a população do planeta. O vírus, em uma forma mutada, também transformou o resto dos seres humanos em uma espécie de vampiros. Neville, por ser a única pessoa viva em Nova York tem que sobreviver aos constantes ataques noturnos das criaturas.

    Ok, até aí, típico filme de mortos-vivos, certo? Errado. Graças a competente direção de Francis Lawrence (Constantine) não temos aqui um filme centrado em ação ou efeitos especiais. Eles estão lá, como coadjuvantes, ajudando a contar uma boa história sobre um homem sem fé mas que mesmo assim tenta, com pesquisas e testes, encontrar uma cura para aqueles infectados que o matariam na primeira chance.

    Além de toda mensagem, que no mundo atual, pode parecer um pouco piegas, mas é válida exatamente por isso, Eu Sou a Lenda é também um filme de um homem só. Will Smith no papel de Robert Neville dá um show. Por praticamente 50 minutos, a câmera está nele. E ele está na companhia apenas de uma cachorra e de eventuais manequins espalhados pela cidade. E Smith interpreta. Contracena com seres inanimados. E entrega sua melhor atuação desde Ali, em que vive o famoso pugilista. Se não fosse pela forte presença de cena do ator, Eu Sou a Lenda provavelmente seria bem monótono. Apesar das cenas de ação.

    No que diz respeito a efeitos especiais, o filme não faz feio, porém os vampiros, todos criados digitalmente, parecem falsos na tela. Não funcionam tão bem quanto funcionariam pessoas devidamente maquiadas. Por outro lado, a recriação de Nova York como uma cidade deserta está perfeita. E ao mesmo tempo assustadora. Ver a “cidade que nunca dorme” da maneira que o filme mostra, e de forma tão realista, chega a fazer qualquer um ter calafrios só de pensar na possibilidade de tal cenário.

    Mas como nem tudo são flores, o filme cai um pouco de qualidade em seu final. A narração da personagem de Alice Braga é tão desnecessária quanto a narração de Deckard em Blade Runner. Explica o que não precisava de explicação, e não permite ao espectador uma conclusão mais abstrata. Mas também, nada que comprometa os 100 minutos anteriores de filme.

    Com certeza, Eu Sou a Lenda vale o ingresso, se você busca uma diversão um pouco melhor do que o cinema hollywoodiano tem produzido. E aproveite também para conferir as outras adaptações do livro. Mortos que Matam, de 1965 e com Vincent Price, A Última Esperança da Terra, de 1972 com Charlton Heston e o recente e picareta I Am Omega, com Mark Dacascos (esse último encontrado em sites de Torrent, mas assista por sua conta e risco).

    2 comentários:

    Mauro A. Barreto disse...

    Nao sabia desse do Mark Dacascos... ele luta artes marciais com os zumbis?

    Tem ainda uma versao italiana, mas esqueci o nome. Procura na página do Omega Man no IMDB que tem la como filmes relacionados.

    Sobre Eu Sou A Lenda, só achei bizarra a cena em que a personagem da Alice mostra nao conhecer Bob Marley. Como assim???

    Alexandre Luiz disse...

    pois é cara... mas sei la, ela conhecia o damien. quer dizer, é meio crítica a sociedade moderna que não conhece os idolos do passado? rsrs

    mais ou menos tipo gente q não sabe diferenciar elis regina de maria rita rsrs

     
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