Ok, se você chegou até aqui, talvez não se importe muito em saber que Karatê Kid é, na verdade, um produto de propaganda. Pra entender isso, basta uma simples contextualização. Metade da década de 80, o Japão está chegando com tudo nos EUA. Fusões com grandes empresas, produtos sendo vendidos em diversas áreas de consumo e uma relação que antes fora de antagonismo, toma ares de parceria econômica.
Que forma melhor de retratar as boas relações com a Terra do Sol Nascente mesmo depois de tê-los atacado com duas bombas nucleares?
Quem já viu o filme deve se lembrar da emocionante história do Sr. Miyagi, que sai do Japão, vai para América e luta ao lado do exército estadunidense na Segunda Guerra Mundial. Perde sua mulher e seu filho e é consumido pela culpa de não ter estado ao lado deles.
Entenderam não é? A mensagem basicamente foi: nós fomos atacados pelos japoneses, retaliamos com duas bombas nucleares, mas e daí? Nós tivemos bravos orientais lutando lado a lado em nossas forças armadas! E agora, mais do que nunca, continuamos parceiros e podemos nos ajudar mutuamente.
O filme foi responsável pela popularização das artes marciais nos EUA e provavelmente ajudou o relutante povo americano a aceitar o Japão como parceiro comercial.
E ai, gostava mais de Karatê Kid com os olhos inocentes da infância?
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