d

Rapidinhas

Posted on
  • segunda-feira, 23 de maio de 2011
  • by
  • Alexandre Luiz
  • in
  • Marcadores: ,
  • O Ano do Dragão (Year of the Dragon, 1985) - Michael Cimino, roteirista do segundo filme de Dirty Harry e diretor de O Franco Atirador, não teve muita sorte nos anos 80. Começou a década dirigindo o filme que praticamente levou a United Artists à falência, O Portal do Paraíso, e em 85, para a MGM, realizou este O Ano do Dragão, com Mickey Rourke como protagonista. A trama mostra o policial interpretado por Rourke, encarregado de cuidar da Chinatown de Nova York. Arrogante, decide iniciar uma guerra com a máfia chinesa e acaba atingindo mais do que gostaria. Apesar do ritmo lento, o filme vale por quesitos técnicos como fotografia e direção de arte, que dão ao longa uma atmosfera típica do cinema policial dos anos 50 (com destaque para o figurino do personagem principal). Outro ponto positivo é a caracterização de Rourke, um verdadeiro anti-herói, que toma atitudes às vezes detestáveis para atingir seus objetivos, que, como deixa transparecer, existem por mero orgulho de ser o policial mais condecorado da cidade.

    Horas de Desespero (Desperate Hours, 1990) - Ainda do diretor Michael Cimino, essa refilmagem do clássico com Humpfrey Bogart tem Mickey Rourke novamente no papel central. O diretor tinha o ator em grande estima e o considerava perfeito para interpretar o personagem outrora vivido por Bogart. Na trama, um criminoso prestes a ser condenado, foge no meio do julgamento auxiliado por sua advogada, que também é sua amante. Ao se reunir com o irmão parceiro de crimes, inicia sua fuga, que os leva até a casa de um advogado e sua esposa, interpretados por Anthony Hopkins e Mimi Rodgers, fazendo ambos e seus filhos de refém. Sem entrar no mérito de qual versão da história é melhor, o filme de Cimino cria uma tensão crescente, graças a Rourke, que começa como um sequestrador gentil para, aos poucos, se revelar um verdadeiro sociopata. O diretor mostra muita competência também na sequência inicial, que apresenta a namorada do criminoso. A trilha, feita para evocar filmes dos anos 40 e 50, ajuda no ritmo e o suspense psicológico que só aumenta durante a projeção ainda divide espaço com uma espécie de estudo de personagens, que passa por Rourke e chega até a estranha relação entre Hopkins e Rodgers. Infelizmente, o longa sofre um pouco no último ato, com um desfecho um tanto mirabolante. Pesa também a agente do FBI designada para o caso. A atriz Lindsay Crouse não consegue imprimir nenhum tipo de empatia com o espectador, o que atrapalha ainda mais os últimos momentos do filme.

    O Mafioso (Kill the Irishman, 2011) - Produção pequena, dirigida e escrita por Jonathan Hensleigh, retrata o caminho de ascenção de Danny Greene (Ray Stevenson), chefe da máfia irlandesa de Cleveland nos anos 70. Pontuando a biografia do criminoso com as várias vezes que escapou de atentados promovidos por seus desafetos, o filme faz uma boa recriação do período, apesar do orçamento apertado. O roteiro faz bem em ser "direto ao ponto" sem enrolar muito a trama. Apesar disso, segue a cartilha dos filmes do gênero fazendo o espectador até gostar do personagem principal, mostrando momentos "sensíveis" de Greene e sempre justificando muito bem cada uma das mortes atribuidas à ele. Com Val Kilmer, Christopher Walken, Vinnie Jones e Vincent D'Onofrio, O Mafioso ou Kill The Irishman, no original, passou batido nos cinemas americanos e no Brasil veio direto para DVD, mas nem por isso deve ser descartado.

    0 comentários:

     
    Copyright (c) 2010 Blogger templates by Bloggermint