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Crítica: Lanterna Verde - Cavaleiros Esmeralda

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  • segunda-feira, 20 de junho de 2011
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  • Alexandre Luiz
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  • Pra divulgar Batman - O Cavaleiro das Trevas, a Warner Premiere lançou direto em Home Video uma antologia de curtas animados. Batman - O Cavaleiro de Gotham seguia a premissa de Animatrix, com histórias que se ligavam, produzidas por diferentes estúdios de animações japonesas e que serviam de prelúdio para a continuação de Batman Begins. As reações não foram tão positivas como a de outros lançamentos do Universo Animado DC, fazendo com que o anúncio de uma animação para pegar carona no Hype do filme do Lanterna Verde não causasse muita empolgação por parte dos fãs.


    Embora a premissa seja semelhante e Cavaleiros Esmeralda também seja uma antologia de histórias, a narrativa é diferente e mais fluida, o que torna o longa animado mais fácil de ser digerido pelo espectador, principalmente por contar com um único estilo de animação (salvo em uma história, mas chegaremos lá mais adiante).


    Em momento algum há a indicação de que o novo filme seja ligado à produção para o cinema, levando a crer que são produtos distintos, com públicos diferentes a serem atingidos. Obviamente por ser um desenho animado chamará atenção das crianças, mas quem a Warner tenta agradar aqui são mesmo os fãs da mitologia dos quadrinhos. As histórias contadas por Hal Jordan enaltecem a força da Tropa dos Lanternas Verdes. São 6 contos: The First Lantern, Kilowog, Laira, Mogo Doesn't Socialize, Abin Sur e Emerald Knights, que na verdade é a história que acontece enquanto Jordan conta para a novata Arisia todas as outras, para acalmar a moça, que está indo para sua primeira missão.


    The First Lantern, tem roteiro de Michael Green e Marc Guggenheim e é a mais "bobinha" das histórias. Nela, Jordan fala como foi feita a primeira distribuição de anéis. Como cada um escolheu o melhor guerreiro para servir de portador. A não ser um, que foi parar na mão de um simples escriba. O maior atrativo deste conto é o surgimento de uma grande marca registrada dos Lanternas Verde. A mensagem de que é no mais improvável ser que se encontra o maior herói é um pouco velha, diminuindo um pouco o interesse na trama.


    Kilowog foi escrito por Peter J. Tomasi e mostra o treinamento de um dos personagens mais queridos pelos fãs. É provavelmente o que será melhor apreciado por quem conhece básico das HQs e tem um ritmo agradável de acompanhar.


    Laira é uma adaptação de um arco de histórias lançado logo após Crise nas Infinitas Terras, "What Price Honor" de Ruben Diaz e Travis Charest. A tarefa de transformar o conto em animação sofre um pouco pelo tempo curto destinado ao segmento. A narrativa evoca as tragédias conhecidas por fãs de hisórias épicas orientais de pai contra filho, ou neste caso, filha, carregada de cenas de ação. Enquanto os dois primeiros são focados em dialogos, partindo para cenas mais agitadas ocasionalmente, Laira é muito mais ágil e , irônicamente, deve ter grande apelo a quem só está buscando uma animação pra se divertir e não se importa tanto assim com a Tropa dos Lanternas. O que muda radicalmente na próxima história.


    Mogo Doesn't Socialize também se inspira num conto das HQs, escrito e desenhado pela dupla que criou Watchmen: Alan Moore e Dave Gibbons. Talvez por isso tenha um tratamento diferenciado e se distancie um pouco tanto em ritmo quanto em técnica de animação. É a trama mais "diferente" de todas, e não cabe estragar a surpresa pra quem não está familiarizado com Mogo, o Lanterna mais estranho de todos.


    Abin Sur é escrito por Geoff Johns, o homem por trás da revolução que transformou as HQs do Lanterna nas mais interessantes da DC Comics nos últimos anos. É um perfeito prelúdio para a queda de Sinestro e também para o que o futuro reserva para a Tropa e leva diretamente à Emerald Knights, a trama principal.


    Para deter a ameaça de Krona, a Tropa toda se reúne para defender Oa. A jovem Arisia está nervosa e apenas as histórias contadas por Hal Jordan conseguem desviar um pouco a atenção para o terrível destino que pode se abater sobre os protetores da galáxia. Pode parecer meio piegas, mas cada um dos elementos enaltecidos pelos segmentos anteriores servem perfeitamente ao propósito de Jordan em inspirar confiança na garota e comprovar o porquê da Tropa ser tão poderosa. O desfecho é grandioso e coeso com os 80 minutos do longa.


    Lanterna Verde - Cavaleiros Esmeralda não é a melhor animação já lançada pela DC, mas cumpre seu dever. É mais interessante que O Primeiro Voo, longa animado que conta a origem de Hal Jordan, por se aprofundar mais na vasta mitologia que acompanha o herói, mas peca por não manter o mesmo nível de qualidade em todas as subtramas. De qualquer forma, é um produto interessante para aquecer quem pretende assistir Lanterna Verde nos cinemas, ajudando a aumentar a expectativa.

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