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Resenha: Lenny Kravitz – It’s Time for A Love Revolution

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  • domingo, 24 de fevereiro de 2008
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  • Alexandre Luiz
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    http://www.edonis.fr/wp-content/uploads/2007/10/lennykravitz_cover_20081.jpgQuando veio ao Brasil para o Live Earth, Lenny Kravitz aproveitou para se isolar em uma fazenda e gravar seu novo album, o recém-lançado It’s Time for A Love Revolution. Mas o que a nova investida do artista tem de novo? Sinceramente? Nada. E isso é mais do que necessário para fazer desse, um dos melhores trabalhos de Kravitz.

    Seu som sempre foi ultrapassado, buscando nas raízes dos anos 70, ritmo, riffs e temas. E exatamente por isso “It’s Time...” é tão bom. Como em seus primeiros álbuns, Lenny está mais afiado do que nunca nessa busca por um som datado. Seu mais bem sucedido lançamento, o CD “5”, foi o começo de uma fase mais pop que chegou ao auge com “Baptism”, não por acaso um CD fraco. Tentativas frustradas de “inovação” como a parceria com Jay-Z provavelmente levaram Kravitz a um retorno ao que ele realmente sabe fazer: rock sem frescuras.

    Em “It’s Time...”, como de costume, o músico gravou sozinho todos os instrumentos, o que rende um som mais intimista, principalmente num álbum em que o tema central é o amor. Todas as músicas refletem isso, de uma maneira que só Prince havia feito até agora. Letras que parecem ter saido de algum blues inspirado, melodias que refletem de Queen (a faixa A Long and Sad Goodbye parece até homenagem a Bryan May) a Black Crowes (impossível não se lembrar da banda ao ouvir If You Want It), “It’s Time...” vale ser escutado várias vezes, nem que seja para ficar procurando as inspirações de Lenny.

    Mas nem tudo são elogios. Mais uma vez, seu primeiro single não faz justiça ao álbum e a faixa I’ll Be Wating é provavelmente a mais fraca. Não representa o peso das canções mais “hard” e nem as outras belíssimas baladas contidas no CD.

    Numa época em que a música não tem mais aquele feeling ou originalidade de antigamente, é até irônico que um artista consiga criar boas canções exatamente por não ser original. Mas esse tipo de coisa é pra quem pode, e não pra quem quer.

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