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Primeiro trailer de J. Edgar, novo filme de Clint Eastwood, está no ar

O longa traz Leonardo DiCaprio no papel de J. Edgar Hoover, o polêmico diretor do FBI, que graças o seu comando do Bureau de Investigações Americano se tornou um dos homens mais importantes do século 20.

Dirigido por Clint Eastwood, e com Naomi Watts, Judi Dench, Armie Hammer e Josh Lucas no elenco, o filme estreia nos cinemas americanos em 11 de novembro. Assista o trailer.




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Novo trailer de The Thing é só para maiores

The Thing é o prelúdio do clássico O Enigma do Outro Mundo, dirigido por John Carpenter em 1982 (por sua vez, um remake de um longa de 1951) e que chega aos cinemas americanos em 14 de outubro. No Brasil, a estreia acontece em 2 de dezembro.

O vídeo abaixo não é recomendado para menores.


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Rapidinhas: Vampiros nos anos 2000 - O século 21 esbanja estilo!

Nos anos 80, eles eram divertidos. Na década seguinte, os que não se tornaram melancólicos, viraram astros de ação. Agora, na entrada de um novo século, as produções cinematográficas com vampiros transbordam visual, em tramas que tentam unir elementos dos 20 anos anteriores.

Anjos da Noite (Underworld, 2003) - O filme de estreia do diretor Len Wiseman, que mais tarde faria Duro de Matar 4.0, segue a cartilha estipulada por Blade, no final dos anos 90. Coloca os vampiros dentro de um filme de ação, enfrentando, numa guerra milenar, seus maiores inimigos, os lobisomens, aqui chamados de Lycans. Mas, Anjos da Noite não tem apenas o Caçador da Marvel como referência. O couro preto, as cenas em slow motion e os tiroteios coreografados quase como uma dança, são egressos do sucesso de Matrix, longa de ficção científica que ditou, e ainda dita, regras para cenas de ação. Na trama, em meio a disputa das duas raças, a vampira Selene (Kate Beckinsale) se apaixona pelo recém-transformado em lobo, Michael (Scott Speedman), e juntos tentam combater ambos os lados, já que o amor proibido os transformam em alvos. A abordagem "Romeu e Julieta" funciona e o romance é bem dosado com ótimas sequências movimentadas e que envolvem muitos efeitos especiais (alguns muito bons, outros muito ruins). O roteiro ainda reserva uma interessante virada envolvendo os vampiros, que muda o ponto de vista da história a favor dos lobisomens. Além disso, a pesada fotografia, unida a um design de produção eficiente e inteligente, trazem uma ambientação gótica que pegou em cheio os fãs do vampirismo contemporâneo, influenciado pela popularidade do RPG Vampiro - A Máscara. Ganharia nos anos seguintes mais três continuações, sendo que uma está em período de pós-produção e seu lançamento está previsto para o começo de 2012.

30 Dias de Noite (30 Days of Night, 2007) - Baseado numa Graphic Novel do escritor Steve Niles, este é um bom exemplo de como os vampiros ainda funcionam como antagonistas de um longa de terror. A premissa coloca os chupadores de sangue atacando uma isolada cidade no Alasca no período do fenômeno do inverno em que o lugar passa 30 dias sem ver a luz do sol. Com isso, os monstros tem a vantagem de não precisarem se esconder. E, por monstros, entenda no sentido literal. Os vampiros de 30 Dias de Noite não esboçam muita humanidade, o que prejudica a visão sofisticada que transformou essas criaturas em seres tão fascinantes. Mas, a proposta do longa é justamente mostrá-los como uma ameaça sanguinária e quase irracional. O recurso serve para que a atenção do espectador fique nos personagens humanos, liderados por Josh Hartnett, impedindo qualquer simpatia por seus antagonistas. Com direção de David Slade, o filme é competente em estabelecer a sensação de isolamento em suas 2 horas de projeção. Longos planos gerais mostrando a imensidão da neve, cenas silenciosas, e um senso de perigo constante ajudam o longa a funcionar dentro de sua pretensão no gênero terror, mesmo que a caracterização dos vampiros não seja das mais interessantes. O líder das criaturas, vivido por Danny Houston, poderia ser interpretado até por um dublê. Não faz muito sentido ter um ator do porte de Houston para fazer um personagem que mais remete a um assassino de slasher (como Jason ou Michael Myers) do que a um ser marcado pela tragédia como Drácula ou Louis de Entrevista Com o Vampiro. Mesmo assim, 30 Dias é um exemplar interessante por tentar uma abordagem mais animalesca das criaturas.

Deixe Ela Entrar (Let The Right One In, 2008) - Produção sueca, que se baseia num livro de John Ajvide Lindqvist, esta é uma das grandes surpresas da primeira década dos anos 2000. Uma história sobre o fim da infância, amor e as características mais sombrias da natureza humana, Deixe Ela Entrar mostra Oskar (Kåre Hedebrant), garoto de 12 anos, que mora com sua mãe e sofre bullying na escola, descobrindo uma bela amizade com sua nova vizinha, Eli (Lina Leandersson), também de sua idade. O problema é que a menina é uma vampira. Ela vive com um protetor, que todos tomam como seu pai, e que na verdade a ajuda a conseguir alimento, ou seja, sangue, matando jovens em locais isolados. O longa faz uma interessante análise do garoto e como suas inclinações psicóticas o levam a adquirir ainda mais afeição por Eli, ao descobrir sua verdadeira natureza. Tudo isso é construído para chegar a um desfecho ainda mais interessante (que não cabe aqui revelar) tornando a trama extremamente coerente com todas as pistas deixadas ao longo da produção. O filme ainda traz um visual de encher os olhos, com a direção de Tomas Alfredson e fotografia de Hoyte van Hoytema, que destaca tanto as cenas externas, com o auxílio da impressionante paisagem coberta por neve, quanto as internas, principalmente as que se passam no isolado quarto de Oskar, ambiente que reflete sua personalidade obscura. Ganhou uma refilmagem norte-americana, Deixe-Me Entrar, que faz jus a obra, mas não supera o original.

Sede de Sangue (Thirst, 2009) - O cineasta coreano Park Chan Wook, de Oldboy, adere ao vampirismo como resultado de uma doença. Na trama, um padre, vivido por Kang-ho Song, é contagiado por uma rara forma de lepra, que mais tarde se revela como uma espécie de vampirismo. O diretor cria um longa repleto de estilo e com subtextos suficientes pra criação de um artigo acadêmico. Sua abordagem cínica misturada a situações de extrema ironia, servem para provocar o espectador com várias discussões religiosas, além de fazer uma escancarada análise da psiquê humana, de forma muito similar a Deixe Ela Entrar, porém com personagens de natureza ainda mais distorcida. A galeria de coadjuvantes é fascinante. Há um velho padre que se entrega ao personagem de Song para servir de alimento, a garota por quem o protagonista acaba se apaixonando e que ao longo da trama revela intenções nada boas, levando a um interessante paralelo com Crime e Castigo de Dostoievski, além de outras personagens que surgem pelo caminho. Interessante também é a forma como o romance é levado às últimas consequências quando os amantes vão pra cama. É paixão carnal no sentido mais literal da palavra. Chan Wook ainda cria uma atmosfera sombria que combina muito com seu senso de humor incrivelmente macabro. Um exercício cinematográfico vindo do oriente para trazer uma, mais que bem-vinda, dose de novidade pra um gênero tipicamente ocidental, que aprendeu a se renovar ao longo de décadas de produções. Deixando o gostinho de que, enquanto o cinema existir, vampiros sempre estarão prontos pra colocar suas presas de fora e sugar o sangue de suas vítimas, seja de forma divertida, melancólica ou visualmente impactante.
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