Com direção de David Fincher, a adaptação americana do primeiro livro da Trilogia Millenium chega aos cinemas brasileiros em 10 de fevereiro de 2012.





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[Fim da atualização]
Os Vingadores estreia em abril de 2012 no Brasi.











O lançamento de Dark Shadows acontece em maio de 2012.
O reboot de Jornada nas Estrelas proposto por J.J. Abrams deu o que falar. Funcionou muito bem e sua continuação já é certa. Pra suprir os fãs até que o novo longa chegue aos cinemas, a editora IDW, em colaboração com Roberto Orci, um dos roteiristas do filme, lançará em novembro uma série periódica em quadrinhos situada no novo universo criado pelo diretor de Super 8. O número 1 trará capa de Tim Bradstreet e desenhos de Stephen Molnar, com roteiros de Mike Johnson. Confira aqui um preview da edição.
Anjos da Noite (Underworld, 2003) - O filme de estreia do diretor Len Wiseman, que mais tarde faria Duro de Matar 4.0, segue a cartilha estipulada por Blade, no final dos anos 90. Coloca os vampiros dentro de um filme de ação, enfrentando, numa guerra milenar, seus maiores inimigos, os lobisomens, aqui chamados de Lycans. Mas, Anjos da Noite não tem apenas o Caçador da Marvel como referência. O couro preto, as cenas em slow motion e os tiroteios coreografados quase como uma dança, são egressos do sucesso de Matrix, longa de ficção científica que ditou, e ainda dita, regras para cenas de ação. Na trama, em meio a disputa das duas raças, a vampira Selene (Kate Beckinsale) se apaixona pelo recém-transformado em lobo, Michael (Scott Speedman), e juntos tentam combater ambos os lados, já que o amor proibido os transformam em alvos. A abordagem "Romeu e Julieta" funciona e o romance é bem dosado com ótimas sequências movimentadas e que envolvem muitos efeitos especiais (alguns muito bons, outros muito ruins). O roteiro ainda reserva uma interessante virada envolvendo os vampiros, que muda o ponto de vista da história a favor dos lobisomens. Além disso, a pesada fotografia, unida a um design de produção eficiente e inteligente, trazem uma ambientação gótica que pegou em cheio os fãs do vampirismo contemporâneo, influenciado pela popularidade do RPG Vampiro - A Máscara. Ganharia nos anos seguintes mais três continuações, sendo que uma está em período de pós-produção e seu lançamento está previsto para o começo de 2012.
30 Dias de Noite (30 Days of Night, 2007) - Baseado numa Graphic Novel do escritor Steve Niles, este é um bom exemplo de como os vampiros ainda funcionam como antagonistas de um longa de terror. A premissa coloca os chupadores de sangue atacando uma isolada cidade no Alasca no período do fenômeno do inverno em que o lugar passa 30 dias sem ver a luz do sol. Com isso, os monstros tem a vantagem de não precisarem se esconder. E, por monstros, entenda no sentido literal. Os vampiros de 30 Dias de Noite não esboçam muita humanidade, o que prejudica a visão sofisticada que transformou essas criaturas em seres tão fascinantes. Mas, a proposta do longa é justamente mostrá-los como uma ameaça sanguinária e quase irracional. O recurso serve para que a atenção do espectador fique nos personagens humanos, liderados por Josh Hartnett, impedindo qualquer simpatia por seus antagonistas. Com direção de David Slade, o filme é competente em estabelecer a sensação de isolamento em suas 2 horas de projeção. Longos planos gerais mostrando a imensidão da neve, cenas silenciosas, e um senso de perigo constante ajudam o longa a funcionar dentro de sua pretensão no gênero terror, mesmo que a caracterização dos vampiros não seja das mais interessantes. O líder das criaturas, vivido por Danny Houston, poderia ser interpretado até por um dublê. Não faz muito sentido ter um ator do porte de Houston para fazer um personagem que mais remete a um assassino de slasher (como Jason ou Michael Myers) do que a um ser marcado pela tragédia como Drácula ou Louis de Entrevista Com o Vampiro. Mesmo assim, 30 Dias é um exemplar interessante por tentar uma abordagem mais animalesca das criaturas.
Deixe Ela Entrar (Let The Right One In, 2008) - Produção sueca, que se baseia num livro de John Ajvide Lindqvist, esta é uma das grandes surpresas da primeira década dos anos 2000. Uma história sobre o fim da infância, amor e as características mais sombrias da natureza humana, Deixe Ela Entrar mostra Oskar (Kåre Hedebrant), garoto de 12 anos, que mora com sua mãe e sofre bullying na escola, descobrindo uma bela amizade com sua nova vizinha, Eli (Lina Leandersson), também de sua idade. O problema é que a menina é uma vampira. Ela vive com um protetor, que todos tomam como seu pai, e que na verdade a ajuda a conseguir alimento, ou seja, sangue, matando jovens em locais isolados. O longa faz uma interessante análise do garoto e como suas inclinações psicóticas o levam a adquirir ainda mais afeição por Eli, ao descobrir sua verdadeira natureza. Tudo isso é construído para chegar a um desfecho ainda mais interessante (que não cabe aqui revelar) tornando a trama extremamente coerente com todas as pistas deixadas ao longo da produção. O filme ainda traz um visual de encher os olhos, com a direção de Tomas Alfredson e fotografia de Hoyte van Hoytema, que destaca tanto as cenas externas, com o auxílio da impressionante paisagem coberta por neve, quanto as internas, principalmente as que se passam no isolado quarto de Oskar, ambiente que reflete sua personalidade obscura. Ganhou uma refilmagem norte-americana, Deixe-Me Entrar, que faz jus a obra, mas não supera o original.
Sede de Sangue (Thirst, 2009) - O cineasta coreano Park Chan Wook, de Oldboy, adere ao vampirismo como resultado de uma doença. Na trama, um padre, vivido por Kang-ho Song, é contagiado por uma rara forma de lepra, que mais tarde se revela como uma espécie de vampirismo. O diretor cria um longa repleto de estilo e com subtextos suficientes pra criação de um artigo acadêmico. Sua abordagem cínica misturada a situações de extrema ironia, servem para provocar o espectador com várias discussões religiosas, além de fazer uma escancarada análise da psiquê humana, de forma muito similar a Deixe Ela Entrar, porém com personagens de natureza ainda mais distorcida. A galeria de coadjuvantes é fascinante. Há um velho padre que se entrega ao personagem de Song para servir de alimento, a garota por quem o protagonista acaba se apaixonando e que ao longo da trama revela intenções nada boas, levando a um interessante paralelo com Crime e Castigo de Dostoievski, além de outras personagens que surgem pelo caminho. Interessante também é a forma como o romance é levado às últimas consequências quando os amantes vão pra cama. É paixão carnal no sentido mais literal da palavra. Chan Wook ainda cria uma atmosfera sombria que combina muito com seu senso de humor incrivelmente macabro. Um exercício cinematográfico vindo do oriente para trazer uma, mais que bem-vinda, dose de novidade pra um gênero tipicamente ocidental, que aprendeu a se renovar ao longo de décadas de produções. Deixando o gostinho de que, enquanto o cinema existir, vampiros sempre estarão prontos pra colocar suas presas de fora e sugar o sangue de suas vítimas, seja de forma divertida, melancólica ou visualmente impactante.






A banda, cujo primeiro single data de 1985, teve seu fim em 1997, com a saída do vocalista Toshi, e o memorável show The Last Live – último registro da banda com o icônico e extravagante guitarrista hide, falecido no ano seguinte. Desde então, cada integrante seguiu carreira solo ou formou outros projetos musicais, para, 10 anos depois, anunciarem seu surpreendente retorno com a música I.V. – tema do filme Jogos Mortais IV. Porém, mais surpreendente ainda seria imaginar que um dia essa banda, sem divulgação oficial nenhuma no país, viria a lotar uma casa de shows com quatro mil pessoas no Brasil, para realizar um de seus shows mais memoráveis. E foi o que aconteceu no dia 11 de setembro de 2011, último domingo, no HSBC Brasil, em São Paulo.
Na noite anterior, Yoshiki concedeu a primeira das duas coletivas de imprensa em sua visita ao país, no hotel em que a banda estava hospedada (a segunda coletiva ocorreu após o show, no próprio HSBC). O Re-Enter teve a oportunidade de comparecer a este evento, que contou com a presença de cerca de 30 jornalistas, onde alguns tiveram a oportunidade de fazer uma pergunta ao músico, responsável pela maioria das composições da banda. Confira um resumo dos principais pontos da entrevista a seguir (nossa pergunta você confere destacada em azul).
- Como você encara o rótulo do visual kei e o estilo do X Japan?
Quando iniciamos a banda, não pertencíamos a nenhum movimento, porque tocávamos música realmente pesada e usávamos um visual bem maluco. Acabamos criando um gênero no Japão, que se tornou o visual kei. Mas o visual kei não é algo sobre o estilo, mas sim sobre a liberdade. É nisso que eu acredito.
- Tanto tempo após a separação da banda, você encontrou alguma dificuldade de entrosamento com os outros integrantes depois do retorno?
Sim. Depois que resolvemos voltar com a banda, tivemos que consertar nossa amizade primeiro. Agir mais como uma família. Não é simplesmente se reunir e tocar, é passar nosso tempo juntos.
- Como foi o processo de compor novas músicas com a ausência de hide?
Compor com o hide era somente parte do tempo que passávamos juntos. Como eu disse antes, uma banda é como uma família, então passávamos muito tempo juntos nos hotéis e a bordo de trens, aviões e carros. Todo esse tempo que divididimos foi muito valioso... A maior parte do tempo que passávamos juntos não era tocando, mas sim nos divertindo. Ele escreveu algumas músicas para a banda, mas contribuía mais na parte de arranjos. Algumas vezes quando escrevo nossas músicas, eu penso em como hide faria o arranjo. Mesmo Taiji [primeiro baixista da banda, falecido há poucos meses], que perdemos recentemente... Sentimos que eles ainda estão conosco em espírito, e adotamos uma atitude positiva com relação a isso.
Coletiva de Yoshiki Hayashi, líder do X Japan, em São Paulo
- Com Sugizo [guitarrista e violinista da “banda-irmã” Luna Sea e velho amigo de hide, substituindo-o no X Japan desde 2009] agora na banda, como você está utilizando-o na composição musical?
Ele é um velho amigo nosso, conheço ele há 20 anos, então foi natural que ele viesse a integrar a banda em algum momento. Ele escreveu uma música para nosso novo álbum, e estamos analisando se vamos incluí-la ou não. Também gostamos de tocar versões acústicas em duetos de piano e violino das músicas do X Japan, o que temos feito nos shows.
- A música Art of Life se diferencia do restante do repertório do X por ter uma duração maior, de meia-hora. Quando você sentiu que estava no ponto de compor uma música dessa grandiosidade, e de onde veio a inspiração?
Bem, essa música tem 30 minutos de duração, então é diferente não só das músicas do X Japan, mas da maioria das músicas de rock, eu acho. Quer dizer... Quem toca uma música de 30 minutos na rádio hoje em dia? Quando pensei em escrever essa música, eu me perguntava por que uma música tinha que ter somente três, quatro ou cinco minutos. A música deveria ter mais liberdade. Então fui até a gravadora e perguntei se eles poderiam tentar tocar na rádio caso eu escrevesse uma música de 30 minutos. Eles disseram: “Mas é claro”. Duas semanas depois - o tempo que levei para escrever a música - apareci com ela pronta e eles enlouqueceram.
A inspiração para Art of Life... Bem, parte das letras do X Japan não são ficção, são baseadas na minha própria experiência. Eu simplesmente coloco toda minha emoção, coloco minha dor, felicidade e tudo mais nas letras. Art of Life é sobre uma parte difícil da minha vida, sobre como eu a superei. Eu estava muito... Eu não sei bem como dizer... Eu estava muito suicida após a morte do meu pai. Eu não queria viver. Se não fosse pela música, eu não estaria aqui. Ao invés de simplesmente ficar louco, eu comecei a escrever músicas. Então, provavelmente essa música, e isso é algo meio estranho para eu dizer, salvou a minha vida.
Vídeo: Cortesia www.asian-box.net
- Qual a sua opinião sobre a evolução da aceitação da música japonesa ao redor do mundo, desde a criação da banda até hoje?
Há 15 anos, demos uma entrevista coletiva em Nova York, para falar da assinatura de contrato com uma gravadora na época, e um repórter me perguntou: “O que você está fazendo aqui? Você nem mesmo fala inglês” – e eu realmente nem falava (risos). Mas eu penso que a música não tem barreiras. Depois de todos esses anos, estamos fazendo uma turnê mundial. A música está se difundindo bastante através da Internet. Eu penso que a música japonesa é muito única, porque nós temos influências do ocidente e do oriente, e acho que já estava na hora da música não vir somente do ocidente. Alguns músicos japoneses já são bastante populares mundo afora. Acho isso maravilhoso.
- Você acha que a banda tem muitos fãs no Brasil?
Sim, principalmente devido ao retorno que tenho via Twitter. A reação dos brasileiros sempre que posto alguma coisa é a maior do mundo. Por isso, eu queria muito tocar logo no Brasil.
- O que você espera do show de amanhã?
Algo que nunca experimentamos. Algo memorável e histórico.

Após a entrevista, representantes do X Japan Brazilian Street Team entregaram presentes a Yoshiki
O SHOW
Se uma banda japonesa ainda precisava comprovar a afirmação de que “música não tem barreiras” dita por Yoshiki na coletiva, o X Japan cumpriu essa missão no HSBC Brasil. Já pela manhã, fãs de todos os estilos e idades ocupavam a fila, preenchendo as ruas ao redor da casa de show com cabelos coloridos e maquiagens extravagantes, ao lado de senhoras de mais idade que também se diziam fãs da banda, acompanhadas de seus filhos. Velhos amigos que se conheciam somente pela Internet devido ao gosto em comum pela banda puderam se ver pessoalmente, e novas amizades nasceram em meio à multidão.
Esse clima de ansiedade e agitação deixava todos animados, o que serviu de combustível para aguentar as longas duas horas e meia de atraso para início do show. O número de vezes que pessoas entravam no palco para regular e polir os instrumentos ou lustrar o chão já chegava a irritar, quando começou a soar pela casa a introdução do show, com os integrantes surgindo no palco, para logo em seguida iniciarem Jade, atual música de trabalho, que empolgou a todos, mesmos os que ainda não a conheciam. A abertura teve direito até mesmo a uma pausa súbita da banda em um dos últimos refrões, cantado a plenos pulmões pelo público.
Na sequência, o X engatou dois clássicos, Rusty Nail e Silent Jealousy, que só não explodiram o lugar por falta de pólvora. Nessas músicas, o novo integrante Sugizo provou a que veio, executando com perfeição os complicados solos criados por hide – o que acabou com o receio de alguns fãs que temiam por playbacks de solos de guitarra do falecido guitarrista, algo que vinha sendo feito como uma espécie de homenagem pela banda após seu retorno aos palcos. A homenagem a hide, no entanto, veio logo na sequência, com Yoshiki e Sugizo deixando o palco após as intensas três primeiras músicas para que o guitarrista Pata, o baixista Heath e o vocalista Toshi executassem Drain – música escrita por hide com pegada mais industrial, com direito a bateria eletrônica, sendo também uma velha conhecida dos fãs.
Sugizo volta ao palco para mostrar sua outra faceta, dessa vez como violinista. Seu solo mesclou trechos das músicas Providence (de sua banda Luna Sea), Miranda (um de seus últimos singles como artista solo) e, para a surpresa e comoção do público, Chega de Saudade, clássico de Tom Jobim, de quem Sugizo é fã declarado. Surge Yoshiki no palco, dessa vez no piano, e ambos dão sequência a um dueto, comprovando toda a versatilidade do X Japan. O dueto termina com a introdução de Kurenai, provavelmente a “Stairway to Heaven” do X, sendo executada nos instrumentos clássicos, para que então os músicos assumissem novamente a guitarra e a bateria, botando fogo no lugar com o restante da banda.
Chega a vez de mais uma música nova, Born To Be Free, que vai estar no próximo álbum da banda, a ser lançado em 2012. A música, com a ousada bateria inspirada em psytrance (estilo musical do qual Yoshiki também é fã) não fez feio, e foi a deixa para que o músico executasse seu solo de bateria na sequência. Pulando de volta ao piano, o líder do X tocou os acordes da já clássica I.V., enquanto Toshi provocava o público a cantar os versos “In the rain / Find a way” por alguns minutos, até que a pesada música de fato começasse. Nesse momento, podíamos ter certeza de quanto os integrantes estavam animados com o show, com Yoshiki interrompendo Toshi para gritar “We are” no microfone do vocalista – mais uma das conhecidas brincadeiras que a dupla costuma fazer um com o outro durante shows.
Mas a hora de entoar o grito de guerra da banda veio logo em seguida, com a música X. Como se estivessem em um show no Tokyo Dome, as quatro mil pessoas do público pulavam com os braços em formato de X no refrão, para depois responder aos gritos de “WE ARE X” do vocalista, durante a pausa da música. Yoshiki aproveitou a deixa para fazer algo que já está se tornando regra nos shows do X fora do Japão: Mergulhar no público. Após o show, ele postou em seu Twitter uma foto em que dizia – satisfeito, no melhor estilo sadomasoquista das letras mais violentas do X - ter mais de dez cicatrizes ganhas nos dois mergulhos que fez durante o show.
A banda sai do palco e o público tenta recuperar o fôlego, sabendo que em seguida viria o encore. Alguns fãs que já previam a setlist se organizaram via Internet para preparar uma homenagem à banda e aos falecidos hide e Taiji. Bexigas vermelhas e amarelas (cores mais marcantes da identidade visual de hide) foram distribuídas e enchidas, decorando então toda a pista durante o discurso emocionado de Yoshiki sobre seus ex-colegas (após dizer que ama guaraná), e nas baladas Forever Love e Endless Rain, tocadas com o músico ao piano. Durante o solo de Endless Rain, as bexigas foram arremessadas no ar, quicando de mão em mão, no que já pode ser considerado um dos momentos mais bonitos da história da banda.
Foi nesse momento que ficou comprovado que o X Japan não faz simplesmente um show, mas sim faz um verdadeiro drama no palco, provocando emoções tão opostas e intensas no público. Era possível olhar ao redor e ver homens e mulheres chorando, por lembranças diversas que as tocantes músicas os traziam, ou simplesmente pela emoção de ver ao vivo uma banda que nem sequer existia mais durante 10 anos. A emoção no rosto dos integrantes também era evidente, principalmente no rosto de Toshi, que parou no meio do palco para admirar a cena dos balões colorindo o lugar, ouvindo o público cantar sozinho durante minutos o refrão, com a banda em silêncio no final da música.
Mas como se isso não houvesse sido intensidade suficiente para o coração de todos, Sugizo surge no palco novamente com o violino para introduzir Art Of Life, a tal música de meia-hora que salvou a vida de Yoshiki no passado. A versão tocada atualmente nos shows tem “somente” cerca de 15 minutos de duração, sendo executada a partir do extenso e caótico solo de piano, seguido de destruidoras performances de guitarra, baixo, bateria e o vocal – mais em forma do que nunca – de Toshi, resultando em um apoteótico e vibrante final para o show.
E se você ainda se pergunta o que o público brasileiro achou do show da tal “maior banda de rock do Japão”, eis a resposta nesse vídeo, filmado durante o playback de baladas após a saída dos integrantes do palco:
Um detalhe que devemos mencionar é que, como é possível ver no vídeo, o show foi todo registrado pela banda, com direito a grua, cinegrafistas no meio da multidão e fãs sendo entrevistados na fila. Será que teremos um DVD sobre o X Japan no Brasil ou mesmo sobre a turnê latino-americana? O jeito é ir separando as moedas no cofrinho e o lugar na estante.
SETLIST:
New Intro
Encore:
Ending (playbacks):
Tears (English Version)
Forever Love (Acoustic Version)