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Superman: The Man of Steel terá dois vilões!

 

A continuação de Superman Returns tem gerado boatos sobre sua estréia ocorrer ou não em 2009, como programado pela Warner. Em um encontro com um usuario do fórum do site BlueTights, Michael Dougherty, co-roteirista da produção, garantiu que ninguém mexeu na data de estréia e que o filme vai bem, sem nenhum atraso.

Aproveitou também para soltar a língua e dizer que Man Of Steel terá dois vilões. Claro, ele não disse quais mas... como Luthor sobreviveu ao final de Returns e o General Zod sempre foi o desejo do diretor Bryan Singer, talvez teremos os dois juntos contra o Homem de Aço; ou quem sabe, para a alegria dos nerds, Zod e Brainiac (o que faria muito sentido).

Agora só espero que os dois vilões deem trabalho ao Super, porque se esse filme não tiver ação como o primeiro, Singer pode procurar outro herói pra dirigir ou voltar pra franquia dos X-Men.

Continua...

Transformers: não gostei



Começo essa “resenha” dizendo logo que não gostei do filme, e as críticas a seguir são bem pessoais e etc. Ele tem seus momentos bons? Tem. Mas a maioria não me agradou. Vamos lá...

Primeiramente, todo mundo (ou quase) fica empolgado quando anunciam que uma obra de outras mídias (desenhos, games, etc) vai ser transformada em filme. Mas, confesso, estou começando a perder essa empolgação. O motivo é óbvio: De que adianta termos uma obra adaptada ao cinema, se no filme ela parece com outra coisa 90% diferente? Isso acontece na maioria dos casos, e são poucos, como Homem-Aranha e o último Batman, que se salvam. Outros não têm a mesma sorte: Resident Evil, Super Mario Bros e Street Fighter são exemplos claros de obras que “viraram outra coisa” no cinema.

Ta certo que tenho que admitir que com certeza é bem difícil adaptar games e desenhos para o cinema. Tem toda aquela questão de adequação aos públicos diferentes e tudo mais. Porém, pelo menos os estúdios e diretores podiam manter alguma essência do original. Transformers, por exemplo, originalmente eram histórias sobre (pasmem) robôs. Agora, no filme de 2007, nós temos um filme que tenta homenagear os filmes americanos de adolescente dos anos 80 e ao mesmo tempo os filmes de guerra dos anos 80. E isso é irritante.

Com relação aos filmes de adolescente, eu não tenho nada contra. Até seria legal se não tivessem exagerado na dose, dava pra fazer uma combinação legal de robôs e um nerd e uma gostosa... mas não, tiveram que transformar também em um “filme de cachorro”. Sim, filme de cachorro – lembra do Buddy? O Bumblebee é um dos robôs que estava presente nos desenhos dos anos 80, e aqui foi escolhido pra ser o “elo” entre os humanos e o resto dos robôs na trama do filme. Resumindo: tiraram a voz dele (danificado em combate) e transformaram ele em um cachorrinho, desses que você sente pena e acha fofinho. Está tudo lá: ele sendo preso e CHORANDO, ele sofrendo, ele morrendo, o garoto parando tudo o que está fazendo de importante pra ficar olhando pro CACHORRO com tristeza e dizendo que não quer se separar dele. E muitos elogiaram esse robô como o melhor personagem do filme. Pra mim ele não passa de um cachorro, ou qualquer outro mascote. Medonho. E isso é só um exemplo de como o filme é recheado de clichês melodramáticos (como discursos de "liberdade-blábláblá-revival da Guerra Fria").

Agora sobre os filmes de guerra. É muito legal ver umas cenas de ação muito loucas com muitos tiros e destruição tipo Rambo? Com certeza é, ou era pelo menos. Mas o que sempre me irritou nesse tipo de produção é o americanismo. Esse Michael Bay é um cafona. Ele insiste em coisas tão criticadas nos tempos atuais, como xenofobia descarada nos filmes e aquele lance de “nós, o exército americano, somos os salvadores da pátria”. E o filme já começa com piadinhas racistas, com os soldados proibindo um dos colegas de falar em espanhol. E no decorrer do filme sobra para os bolivianos e árabes também. Mas nós sabemos o motivo de tudo isso... O filme é feito por americanos para o público americano. Dane-se o resto do mundo. Assista e ENGULA. "Big Stick for life".

Pra quê eu tenho que ver todo esse lance de exército e soldadinhos no filme? Eu queria ver um filme sobre robôs gigantes trocando muita porrada no meio da cidade. Ah... os robôs, vamos falar deles. Primeiramente sobre o design, com certeza a computação gráfica ajudou em muito para termos algo próximo do realista com visual caprichado, mas o problema é... caprichado DEMAIS. O que temos na tela é um amontoado de peças e engrenagens se movendo pra lá e pra cá, não lembrando em nada o design dos robôs originais, que até hoje ainda são usados nas séries mais recentes de animação dos Transformers, mesmo com adaptações para que fiquem mais atuais. No filme, como todo mundo já disse, nas cenas de luta entre robôs (que só começam quase no final) não dá pra saber quem é quem, ou o que exatamente eles estão fazendo, e, claro, tem os soldados e o exército no meio. Acho que a estética de um filme como esse, nas cenas de ação, podia ser mais baseada na que é usada em animes de mechas (palavra japonesa derivada do inglês "mechanic", usada para designar robôs de combate da ficção). Esperava mais da parte visual pelo que vi nos trailers.

Por outro lado, eu não me irritei com muita coisa que irritou outras pessoas que viram o filme. Por exemplo, algumas piadinhas como o robô com sotaque de rapper (tem algumas coisas desse nível na produção original) e o lance da masturbação. Achei essas coisas bem leves e divertidas. Falando em piadinhas, o filme, apesar de descaracterizar muito o original, é cheio de referências ao mesmo. Um exemplo é quando o garoto fala pra mocinha que ela é “mais do que os olhos podem ver”. É uma referência ao refrão da música-tema original do desenho dos Transformers (“more than meets the eye”). Outra é a frase que Optimus diz para Megatron em um “momento dramático”, alguma coisa como “só pode haver um”, do Highlander, que também é dita no filme animado de 1986 dos Transformers e devia ser um tipo de “chavão” do personagem.

Mas o problema é que só ficar nas citações e contar uma história completamente diferente, mas mesmo assim IGUAL ao comum da produção americana, oferece um resultado final no mínimo muito chato. Ou seja, usa-se o nome de uma obra de sucesso em outra mídia para se produzir um filme que não se preocupa em transmitir o original para o cinema, mas sim em produzir um filme “pasteurizado”, produzido dentro de uma fórmula batida, que do original só leva mesmo alguns detalhes. E mesmo que o filme tenha sido feito para um público alvo de crianças (ou de adultos “não muito exigentes”, por assim dizer), não compensa, porque as cenas de lutas de robôs demoram muito pra acontecer, e aquele lance todo de exército é muito desagradável. Eu não acredito que cometeram o mesmo erro do tão criticado filme do Street Fighter.

Outra coisa que me desagrada em Transformers e nesses outros filmes de ação mais atuais é a trilha sonora. Eu sei que os tempos são outros e tal, mas sinto falta daquelas músicas marcantes em momentos altos do filme. Geralmente era algum hard rock bem brega, mas que transmitia emoção e era ligado ao contexto do filme. Hoje em dia você compra um cd de trilha sonora de um filme desses e ta cheio de músicas de bandas do momento, mas que você não lembra onde diabos elas estavam no filme. Tudo só para promover as bandas produzidas pela mesma companhia do filme... Mas isso é assunto pra outro texto. Só resolvi levantar essa questão porque o filme de animação dos Transformers de 1986, este sim, tem uma trilha sonora bem legal e marcante.

Agora talvez você me pergunte: “Mas o que você esperava desse filme, então?” Bom, eu confesso que não esperava grande coisa. E esse é um dos motivos para eu não ter ido jogar dinheiro fora no cinema (sim, eu baixei o filme!). Mas se você me perguntar o que eu GOSTARIA de ver no filme dos Transformers, a resposta é: um filme que contasse a história da batalha entre os robôs, e que tivesse os humanos como coadjuvantes. Não um filme sobre militares norte-americanos que tem robôs como um mero acessório visual.


E a estragação do cinema Hollywoodiano não pára por aí. Já foram confirmadas produções em cima de obras das quais gosto muito, justamente por elas terem sido inovadoras, trazendo elementos inteligentes, uma história bem contada, personagens carismáticos... Neuromancer, Evangelion e Ghost in the Shell são alguns desses exemplos. Mas o que veremos no cinema provavelmente serão novos Matrix Reloaded disfarçados. Triste.
Continua...
 
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