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Especial O Cavaleiro das Trevas: Relembrando Batman Begins pt.2

A produção de Begins

Até 2005, Batman foi produzido como filme noir (nos seriados dos anos 40), como kitsch (na série dos anos 60 e nos dois filmes do Schumacher) e gótico (nas produções do Tim Burton). Porém, nos quadrinhos, Batman é um misto de terror e policial. Algo saído dos livros pulp, das novelas de rádio do Sombra e dos filmes expressionistas. Pela primeira vez, então, surge um diretor que sabe disso e produz um filme do Batman assim. Chris Nolan, quando foi contratado pela Warner deixou bem claro que seu filme seria realista, baseado em filmes policiais dos anos 70 e com um visual no estilo de Blade Runner. Seu Homem-Morcego seria um personagem profundo, bem construído e com um motivo maior do que ser órfão, para lutar contra o crime.
Pelo que da pra conferir nos making ofs e no próprio filme, é exatamente isso que Nolan fez. O uso de Chicago para caracterizar Gotham foi perfeito. Afinal, Gotham sempre foi baseada em Chicago da época de Capone. As seqüências gravadas em estúdio, mas que representam os becos e docas de Gotham também foram muito bem produzidas para que parecessem o mais real e verossímil possível. Esqueça a arquitetura gótica, as estátuas gigantes e céu avermelhado. A cidade neste filme é criada como uma metrópole de verdade. Poderia ser Nova York, Chicago, ou até mesmo São Paulo.
Outro ponto positivo para Nolan é que ele tem a consciência que se um filme quer ser levado a sério, não pode se dar ao luxo de ser um espetáculo em computação gráfica. Pra garantir isso, o próprio diretor editou o filme, da sua maneira. Há uma cena com Batman no topo de um edifício, que geralmente seria feita por um dublê virtual. Mas em Begins, o que estamos vendo é um dublê de verdade, na roupa de morcego, parado, vigiando a cidade que está abaixo. Não é nem mesmo um efeito adicionado no chromakey. Os poucos efeitos em CGI existem porque eram necessários e não porque seriam mais fáceis de serem feitos. O trem elevado (um cenário importante no desfecho do fime) é um exemplo disso, e mesmo assim ele não foi totalmente produzido por computação gráfica.
A edição do filme é parecida com a edição de filmes de suspense. As lutas sofreram uma edição rápida, que não permite se identificar muito o que está acontecendo, mantendo o mistério que a produção exige. Além disso, é marca registrada de Nolan, colocar o espectador “dentro do filme”. Uma boa amostra disso é a sequência da luta entre Bruce Wayne e Ducard no lago de gelo e na queda do pequeno Bruce no poço infestado de morcegos.
Para encerrar, a fotografia do filme é parecida com a fotografia do primeiro “O Corvo” e com “Blade Runner”. Contrariando a opinião de muitos críticos que preferem algo no tom do que foi visto em “Constantine” e “Hellboy”, Nolan mostra que a escolha foi bem feita, e cria um clima sombrio e sujo para o filme.

Produção
Avaliação 10/10
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Notícias do dia!

Sacha Baron Cohen será Sherlock Holmes!

Ok, pode ler o titulo de novo, eu sei que é difícil acreditar... A Columbia anunciou hoje a produção de uma comédia, ainda sem título, que trará Sacha Baron Cohen (o Borat) como o famoso detetive e Will Ferrel (O Âncora) como Watson.

Etan Cohen escreve o roteiro e Judd Apatow e Jimmy Miller produzem.

Ao mesmo tempo, a Warner prepara um filme sério (do jeito que deve ser) do personagem criado por Sir Arthur Conan Doyle, que será dirigido por Guy Ritchie.

Veja os capangas de Piccolo no filme Dragonball

Caiu na rede uma foto do que seriam os capangas do personagem, que são os chamados Fulum. Em entrevistas, um dos produtores do filme, Tim Van Rellim, disse que Piccolo terá o poder de criar esses seres para lutar ao seu lado. Os tais Fulum têm força sobre-humana, pele dura como rocha e habilidade de se regenerar quando perdem partes de seus corpos. Veja a imagem abaixo.
Dragonball estréia em 3 de abril do ano que vem.
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Queima-Filme: Raul Julia

Dizem que o último papel de um ator antes de sua morte costuma ficar eternizado. Felizmente nem sempre isso é verdade, senão o grande ator Raul Julia teria ficado pra sempre na história marcado como o vilão do filme Street Fighter, M.Bison. Julia faleceu dias antes da estréia dessa pérola que adapta o famoso videogame para o cinema. A produção ainda conta com Jean Claude Van Damme, já dando sinais de decadência.

O filme ainda teve a coragem de ser dedicado ao ator porto-riquenho, que não sei como pôde aceitar papel tão imbecil. Vejam abaixo uma cena de M.Bison e Chun Li (aqui interpretada por Ming-Na). Pra compensar, um ano antes, Raul Julia havia feito Chico Mendes no filme The Burning Season (Amazônia em Chamas), produzido pela HBO sob a batuta de John Frankenheimer.

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