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Rapidinhas

Mais uma sessão nova no blog. Aqui farei breves comentarios sobre filmes que assisti no final de semana. Seja no cinema (quando não merecer uma resenha completa) ou em casa.

- O Vingador do Futuro (Paul Verhoeven, 1990)– Resolvi revisitar adaptações de Philip K. Dick para o cinema. Começando por um dos mais emblemáticos trabalhos de Schwarzenegger. È um típico filme de ação, num background de ficção científica. Arnold está lá, fazendo o que ele realmente sabe fazer. Mas tem algo mais nesse filme. A sátira que Verhoeven adora e praticou muito bem em Robocop continua aqui. Sua visão do futuro é uma brincadeira de humor negro com o presente. Além disso, a mensagem do conto original de Dick continua lá. Lógico que não é nem metade do que se espera da profundidade da historia original, mas, de novo, é um filme de ação.

- Blade Runner (Ridley Scott, 1982) - Ok, já falei tudo sobre o filme aqui. Mas Blade Runner sempre me surpreende. É daqueles filmes que você sempre descobre algo novo. Recomendo assistir o documentário Dangerous Days. É uma prova de como Scott foi firme em suas escolhas, independente do que os donos do filme (os produtores) poderiam imaginar.

- Minority Report (Steven Spielberg, 2002) - Se suas histórias nunca foram adaptadas à risca, é outro problema, mas ninguém pode negar que Philip Dick teve diretores muito competentes a frente de seus contos. Aqui Spielberg faz uma ficção científica que merece respeito pela pesquisa feita sobre o que poderia ser real daqui a 50 anos. Por isso muitas tecnologias que estão surgindo acabam aparecendo nas manchetes como “Aquele troço de Minority Report”. Não é Blade Runner mas também não é tão pras massas quanto Vingador do Futuro. Tom Cruise não faz feio num papel que até exigiria um ator menos limitado. Mas ele sabe até onde pode ir na sua interpretação, por isso não decepciona. Esse filme sofre um pouco com o politicamente correto na hora de tratar do vício do personagem de Cruise. Talvez se caísse nas mãos de um diretor mais underground poderia ter tido uma abordagem mais crua e realista.

O Homem Duplo (Richard Linklater, 2006) – Visualmente é impecável, mas como experiência é uma das mais estranhas que você pode ter. Isso porque onde Minority Report falhou, o Homem Duplo acerta. Temos aqui um diretor que entendeu a abordagem sobre as drogas. Philip Dick passou a maior parte de sua carreira como escritor completamente chapado. Daí as viagens de seus contos. Pois Linklater transformou a história em uma ode a psicodelia. Não é nem um pouco comercial, e demora pra ser digerido corretamente.

O Impostor (Gary Fleder, 2002) – Uma história parecida com O Vingador do Futuro, mas numa abordagem mais próxima a Blade Runner. Se tivesse uma orçamento melhor, um diretor visionário e um ator principal mais carismático (Gary Sinise não consegue fazer cara de sujeito normal...) poderia ser bem melhor. A trama tem todas aquelas viradas que marcam O Vingador do Futuro, mas nenhuma delas realmente decola, a não ser a da cena final. Tudo é muito frio e sem emoção. Mas ainda assim, os elementos típicos de Dick estão lá. Vale conferir se você for realmente fã de ficção científica ou muito curioso. Ou os dois.

Continua...
 
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