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A história é uma fantasia sobre um casal, vivido por Jennifer Garner e Joel Edgerton, que não pode ter filhos. Tristes, mas esperançosos de um milagre, escrevem o desejo em um papel e enterram no quintal. No dia seguinte, uma garoto coberto de terra aparece na casa, os chamando de pai e mãe.

The Odd Life of Timothy Green ainda não tem data de estreia definida, mas deve chegar ao cinemas apenas em 2012.

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Crítica: Hanna

Está se tornando cada vez mais habitual a expressão "desligar o cérebro" pra explicar determinados filmes. A trilogia Transformers, comédias e boa parte dos filmes de ação recentes parecem precisar de espectadores com um interruptor imaginário que diminui a capacidade mental. Infelizmente, ou felizmente, isso não é possível. Tentar esse tipo de coisa pode levar ao hábito de apenas consumir aquilo que não exige do cérebro e definitivamente isso não é bom. Acostumar-se apenas a produções medíocres ajuda a estabelecer o padrão, cada vez mais decadente, das produções para o grande público. Por isso, quando um filme como Hanna é produzido, quem é um pouco mais exigente e espera que o cinema proporcione experiências diferenciadas, fica extremamente satisfeito com o objetivo atingido pelo diretor Joe Wright: criar um filme que ao invés de pedir pro cérebro se desligar, encoraja o público a usá-lo.

Na trama, Erik (Eric Bana) é um agente da CIA que se tornou renegado e vive escondido numa floresta da Finlândia com sua filha, Hanna (Saoirse Ronan), que durante anos foi treinada por seu pai para ser a assassina perfeita. Com a chegada da adolescência vem também o desejo de conhecer o mundo do qual o personagem de Bana a privou. Mas, para que isso aconteça ela precisará enfrentar Marissa (Cate Blanchett), agente da CIA designada a caçá-la. O longa se divide em duas narrativas distintas: a primeira é a de um filme de ação, até Hanna fugir das instalações mantidas por Marissa; a segunda é semelhante a um road movie, quando a menina passa a viajar com uma família de turistas ingleses para chegar até seu destino, a cidade de Berlim. E nas duas formas, o cineasta e os roteiristas Seth Lochhead e David Farr são muito bem sucedidos.

Além disso, o longa trabalha com percepções visuais e auditivas como pouco se vê em obras do gênero. Visualmente, o diretor de fotografia Alwin H. Kuchler e o editor Paul Tothill entregam um espetáculo. Dos tons acinzentados do início na Finlândia, ao calor de um deserto no Marrocos, passando pelas luzes da cidade e de uma apresentação de músicos espanhóis à beirada de uma fogueira, tudo serve ao propósito de mostrar como o mundo de Hanna sai do monocromático e frio para a descoberta do calor e de novas cores, antes inéditas para a personagem. No âmbito musical, a trilha sonora composta pelo Chemical Brothers favorece ainda mais o produto final. Seja nas cenas de ação, que ganham muito com as batidas eletrônicas ou com as de tensão, criadas com a melodia de um assovio quase infantil.

Hanna é uma co-produção EUA/Inglaterra/Alemanha, e pode-se dizer que tem em seu roteiro alguns recursos típicamente norte-americanos, mas com uma execução que lembra muito mais o cinema do Velho Continente. E isso não significa que falha em suas cenas de ação. Ao contrário. O longa conta com ótimas sequências, muito bem coreografadas e que só existem graças a habilidade de seu diretor, que optou diversas vezes pelo uso de planos longos, sem corte. O destaque vai para uma cena envolvendo o personagem de Eric Bana e uma luta no metrô.

A protagonista, Saoirse Ronan mostra muita qualidade nas cenas em que se exige de sua personagem a sensação de conhecer o novo. A primeira amizade, a primeira vez que conhece a eletricidade, o primeiro beijo. Este último, por sinal, mostrado com muita elegância e sensibilidade pelo cineasta, que poderia cair numa armadilha e banalizar o momento.

Do começo até seu final, que faz uma bem-vinda referência à contos de fadas, Hanna é uma grata surpresa. Um thriller de ação inteligente e estiloso que, misturado a uma viagem de descobertas, se torna uma experiência única e tenta encontrar seu lugar em uma indústria cada vez mais propensa a tomar seu público por máquinas. Se o cinema tivesse mais filmes do gênero com a qualidade do longa de Joe Wright, seria muito mais fácil explicar como é absurda a ideia de desligar o cérebro. Aliás, nesse caso, o conceito provavelmente nem existiria.

P.S.: Infelizmente a distribuidora privou o público brasileiro da experiência cinematográfica que é Hanna, optando por lançar o filme direto para o mercado de Home Video. Lamentável.
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