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Crítica: Lanterna Verde

Atenção: o texto a seguir contém alguns pequenos elementos da trama que podem ser considerados spoilers. Nada que estrague o filme pra quem ainda não viu, mas se você se importa com esse tipo de coisa, sugiro que vá assitir Lanterna Verde pra depois ler a crítica.

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De uns tempos pra cá, a DC Comics passou a apostar suas fichas num personagem que, embora importante em seu universo, não tinha a popularidade de um Batman ou Superman. Deu certo e o Lanterna Verde conseguiu se tornar o centro das atenções literalmente, com duas importantes sagas da editora tendo o herói e sua mitologia como espinha dorsal. Era só uma questão de tempo pra que o Cavaleiro Esmeralda fizesse seu caminho o levar para outras mídias, como o cinema, por exemplo. Com estreia nessa sexta em todo Brasil, Lanterna Verde chega com muita expectativa mas, com perdão do trocadilho, sem o brilho esperado.

Dirigido por Martin Campbell, o longa não é um desastre total, como o recente Dylan Dog, também adaptação de HQs. Porém, como vem da mesma casa de onde saiu Batman - O Cavaleiro das Trevas, era de se esperar algo acima da média. E isso, infelizmente, Laterna Verde não é. Como se propõe a ser uma história de origem, acaba caindo em uma narrativa formulaica que, embora tenha funcionado em exemplares recentes como Homem de Ferro e Capitão América, depende de um bom roteiro para mostrar ao espectador que aquele é um herói (e um filme) com algo mais a oferecer, além da batida dinâmica formada por protagonista irresponsável/mocinha em perigo/vilão descartável.

A trama é básica: Hal Jordan (Ryan Reynolds) é um piloto de testes da Ferris Aeronáutica que, graças ao trauma causado pela morte do pai, cresceu sem muitas noções de responsabilidade. Um dia, após destruir um avião protótipo apenas para provar que em situações extremas a nave falharia (uma premissa interessante para mostrar a boa índole do personagem, mas que não é desenvolvida da forma correta), é “abduzido” pela energia verde do anel de Abin Sur (Temuera Morrison), Lanterna do setor do Universo onde se encontra a Terra. Sur explica a Jordan que ele foi escolhido por ser destemido e que agora deverá se tornar um membro da Tropa dos Lanternas Verdes.

Da explicação de quem são esses protetores do Universo, passando pelo destino de Abin Sur, atacado por Parallax (Clancy Brown, o eterno Kurgan de Highlander, emprestando sua voz), o grande inimigo da Tropa e vilão principal do longa e até chegar à escolha de Hal para usar o anel, o longa funciona, apesar de algumas informações omitidas que atrapalham um pouco a compreensão de quem não conhece o material original. Um exemplo disso é o relacionamento do protagonista com seus irmãos, remanescente da atual origem do herói, revista pelo autor Geoff Johns nos quadrinhos, que da forma como é apresentado não cria simpatia do público pelo personagem, que seria fundamental para a aceitação, por parte de quem assiste, do anel ter escolhido alguém que não inspira confiança nem à seus familiares para desempenhar uma tarefa tão importante. Mas isso é possível relevar quando comparado ao que o filme se torna a partir de sua segunda metade.

Após receber o anel, Jordan é levado até o planeta Oa, muito bem criado pela equipe de efeitos especiais, diga-se de passagem, para ser treinado pelos membros da Tropa, Kilowog (voz de Michael Clarke Duncan), Tomar-Re (dublado por Geoffrey Rush) e Sinestro (vivido de forma inspirada pelo ótimo Mark Strong, mas por um período muito breve). Este deveria ser o momento mais importante do filme. O treinamento teria a finalidade de mostrar o piloto crescendo como personagem. Um exemplo de como o recurso pode funcionar é o período em Batman Begins no qual Bruce Wayne viaja pelo mundo e aprende com a Liga das Sombras as técnicas de artes marciais necessárias para colocar seus planos em prática. Em Lanterna Verde a situação é resumida a algumas cenas envolvendo Kilowog e um discurso de Sinestro que faz Jordan “desistir”. Isso mesmo! Ele desiste e volta para Terra. O grande problema? Os Guardiões nem se preocupam em pedir o anel de volta. Sim, um de seus recrutas mais irresponsáveis volta a seu planeta de origem após desistir da função, e ninguém cogita o perigo que é deixar uma das armas mais poderosas do Universo, literalmente em suas mãos.

Outro problema do roteiro é Hector Hammond (Peter Sarsgaard), o vilão secundário que passa a ser controlado por Parallax ao ser infectado quando fazia uma autópsia no cadáver de Abin Sur. O personagem simplesmente aparece do nada e em determinado momento Jordan e Carol Ferris (Blake Lively, o par romântico do protagonista) se dirigem à ele como velhos conhecidos e, pior, o texto tenta forçar um triângulo amoroso que além de desnecessário, surge de forma artificial como se houvesse a necessidade de acrescentar todo tipo de clichê de obras do gênero.

Sem o correto desenvolvimento de personagens, Lanterna Verde passa a sofrer de outro mal quando caminha para seu clímax: a edição. É nítido que uma grande quantidade de cenas foram removidas, deixando várias situações incompletas. Além disso, a ação se torna apressada mesmo com o roteiro insistindo em incluir novos elementos que nada acrescentam à trama, como a criação do anel amarelo, por exemplo, existente apenas para dar um gancho a um futuro segundo filme, que graças à fraca bilheteria deste, talvez nem venha a existir.

Mesmo problemático em sua resolução, no entanto, Lanterna Verde consegue divertir. Com efeitos especiais eficientes, principalmente quando envolvem os construtos do anel, com certeza deve agradar quem busca uma diversão sem grandes aspirações. Reynolds, criticado quando escolhido para viver o personagem, não desaponta e mostra o quanto a rejeição inicial a ele foi infundada. Lively não tem grandes momentos e Sarsgaard está caricato como o antagonista, chegando a alguns momentos de humor involuntário com seus exageros e maneirismos. A trilha, assinada por James Newton Howard é um de seus trabalhos menos inspirados e não ajuda a melhorar a conturbada narrativa. O diretor, Campbell, não é genial mas já mostrou que com bons roteiros consegue fazer bons filmes. 007 – Cassino Royale está aí pra provar. E se sai bem comandando as cenas de ação. Mas, o roteiro equivocado do quarteto Greg Berlanti, Michael Green, Marc Guggenheim e Michael Goldenberg acaba transformando o longa em uma produção abaixo da média.

Com as adaptações de HQ lançadas este ano, que além do Capitão América ainda conta com X-Men – Primeira Classe e Thor, o gênero chegou a seu melhor momento. A audiência se tornou exigente e produções que poderiam ser melhor aceitas quando o mais recente filme de quadrinhos era Batman & Robin, hoje encontram resistência por sua natureza mediana. No “dia mais claro” para os heróis no cinema, Lanterna Verde pode até não indicar a chegada da “noite mais densa”, mas também não joga a luz necessária para abrilhantar ainda mais o momento. Uma pena.
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Humor: Como Harry Potter deveria ter acabado

Sexta-feira a tarde, hora boa pra descontrair. Tire 5 minutinhos pra ver Como Harry Potter Deveria Ter Acabado.

Ah e veja até o fim dos créditos.
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Veja o primeiro trailer de Motoqueiro Fantasma 2

A prévia é apresentada pelos diretores Mark Neveldine e Brian Taylor.

Motoqueiro Fantasma 2: O Espírito da Vingança chega aos cinemas americanos em 17 de fevereiro de 2012.

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Especial Lanterna Verde: 5 histórias essenciais do herói

Estreia hoje nos cinemas de todo país, Lanterna Verde, que leva às telonas personagem da DC Comics que tem uma das mitologias mais ricas da editora. Desde a chegada de Geoff Johns ao título, o herói se tornou muito mais importante, com sagas enormes envolvendo todo o universo DC, influenciando diretamente na maioria dos personagens de seu vasto panteão.

Mas, o Lanterna não é tão popular para o público em geral e talvez até você que está lendo este texto não sabe muito do personagem, ou sabe só o básico. Não se sinta culpado por isso já que por anos, a mídia fez parecer que a DC Comics só tinha três heróis que valiam a pena: Superman, Batman e Mulher-Maravilha. Quem lê quadrinhos há muito tempo sabe que não é bem assim, mas a empresa sempre investiu mais em seus personagens mais pop.

Se você quer conhecer um pouco mais do Lanterna Verde antes de assistir o filme ou se você já assistiu, gostou e ficou com vontade de consumir mais histórias do herói, confira as dicas abaixo, que não são restritas apenas aos quadrinhos. Divirta-se!

Lanterna Verde - Origem Secreta
A encadernado reúne os números 29 a 35 da revista Green Lantern e reconta a origem do herói, adaptando-a às modificações que Geoff Johns trouxe ao personagem. Boa parte da trama foi usada como base para o filme, então aqui você vai saber um pouco mais do passado de Hal Jordan e seu relacionamento com os irmãos, ver uma interação muito bacana entre Jordan e Sinestro antes deste se tornar um vilão e ainda conhecer bastante da mitologia da Tropa dos Lanternas Verdes. Os desenhos são do brasileiro Ivan Reis, com traços competentes auxiliando o texto de Johns.



Grandes Clássicos DC - Lanterna Verde / Arqueiro Verde
Esta é uma reunião das histórias dos dois personagens quando eles dividiam um título próprio na passagem dos anos 60 para a década de 70. Com texto de Dennis O'Neil e desenhos de Neal Adams, foram histórias que marcaram uma época por sua relevância no contexto sócio-político daquele período. Com LV/AV os quadrinhos sofreram uma grande mudança, deixando de lado o estigma de "coisa pra criança". Destaque para a primeira história, que já mostra a que veio com o famoso diálogo de um negro para o Lanterna que diz que ele já ajudou gente de pele azul, laranja, roxa... mas nunca fez nada pelos de pele negra na Terra. É de fazer qualquer herói intergalático engolir seco e pensar seus atos.

Lanterna Verde - Renascimento
Durante a segunda metade da década de 90, Hal Jordan não foi o Lanterna, pois havia assumido a identidade do vilão Paralax e depois da entidade Espectro. Em seu lugar entra Kyle Rayner, um portador do anel que não agradou os fãs. Percebendo a besteira que fez em abandonar um de seus personagens mais clássicos, a DC traz Jordan de volta do mundo dos mortos, despertando a desconfiança de seus ex-parceiros na Liga da Justiça (principalmente de um certo Cavaleiro das Trevas). Jordan precisa reencontrar seu lugar no mundo e merecer a confiança de seus colegas. Mais uma vez, quem comanda o texto é Geoff Johns, que precisou encontrar explicações mirabolantes para os atos de Jordan quando vilão. Convenceu e trouxe o maior Lanterna Verde de todos os tempos de volta.

Liga da Justiça - A Série Animada - Episódio duplo A Noite Mais Escura
Nestes dois episódios, terceiro e quarto da primeira temporada da animação, conhecemos a história de John Stewart, o Lanterna escolhido pelos produtores para participar da formação da Liga no programa. O personagem se tornou muito popular durante os anos 2000, ao ponto de ser reincorporado aos quadrinhos. Stewart foi o primeiro herói negro da DC a não ter no nome alguma referência a sua cor. Na trama, o herói é levado a julgamento pela suspeita de ter destruído um planeta. Cabe a seus colegas do supergrupo tentarem provar sua inocência. Como adapta a origem do personagem e os dilemas que, nos quadrinhos, o levaram a abandonar a tarefa de portar o anel, vale ser assistido, com certeza.

Lanterna Verde - Primeiro Voo e Cavaleiros Esmeralda
Se você viu e gostou do filme pra cinema, mas esperava mais da Tropa dos Lanternas, essas duas animações são pra você. Em Primeiro Voo, temos a origem de Hal Jordan e sua viagem ao planeta Oa para receber seu treino pelas mãos de Sinestro. O roteiro foi escrito de forma a espelhar a trama básica do filme Dia de Treinamento, com Sinestro fazendo às vezes do policial corrupto vivido por Denzel Washington. Apesar de vários problemas no último ato e de não estabelecer muito a vida de Jordan na Terra, é uma boa pedida pra quem espera do Lanterna Verde uma aventura mais intergláctica. Já Cavaleiros Esmeralda é uma coleção de pequenas histórias sobre alguns Lanternas e ajuda a construir melhor a mitologia dos personagens da Tropa. Veja aqui uma resenha completa do longa animado que foi lançado em Home Video esta semana no Brasil.

Bom, é isso. Você não vai se tornar nenhum expert sobre Lanterna Verde, mas vai poder saciar sua vontade por mais aventuras do herói. E aguarde para a crítica do filme, que deve entrar no ar entre hoje a noite e amanhã. Não deixe de ler!

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Thor se une ao Capitão América nas gravações de Os Vingadores

As filmagens do longa dos Maiores Heróis da Terra continua sua missão de ofuscar a produção de O Cavaleiro das Trevas Ressurge e até agora tem conseguido. Mas também, golpe sujo colocar o Capitão América e o Thor nas ruas!

Chris Hemsworth aparece ao lado de Chris Evans enfrentando um grande número de pessoas usando roupa de captura de movimentos. Confira (clique para ampliar).

Os Vingadores estreia em abril de 2012.
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Kal-El chegou a Smallville! Fotos do set de Superman mostram a cratera deixada pela nave

Um dos momentos mais icônicos da mitologia do Superman é a chegada do jovem Kal-El à Terra para ser encontrado por Jonathan e Martha Kent (Kevin Costner e Diane Lane). Pois bem, parece que Zack Snyder filmou ou está para rodar a cena. Confira abaixo duas imagens da cratera que a nave do bebê kriptoniano deixa ao chegar nos arredores de Smallville.

Superman - O Homem de Aço chega aos cinemas em 2013.
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Trailer de Machine Gun Preacher está na rede

O thriller é dirigido por Marc Forster, de 007 - Quantum of Solace, e mostra a história real de Sam Childers, vivido por Gerard Butler, um ex-traficante de drogas que passa por uma jornada espiritual e resolve resgatar crianças das mãos de guerrilheiros na África. O personagem ficou conhecido como o "pastor da metralhadora" do título.

O filme estreia em 23 de setembro nos EUA.

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